Assim como o corpo se move para criar uma dança, as imagens estão em constante construção, buscando registrar esse corpo e seu entorno, movem-se pelas relações entre mundo e sujeito. Não há o que fixar, há a relação em fluxo. Ora o personagem exibe sua aflição de um mundo-desastre, ora coexiste com água, folha, pedra e chão. Há uma dança entre o corte íntimo dos detalhes da experiência corpórea e a vastidão do que nos contém. Há o choro, o grito e a fruição. Mas também a denúncia de que perdemos a noção de nosso lugar no mundo em que água vira fogo, azul se torna amarelo, a raiz sai do chão. Ecoam sons da floresta, árias de emoções do mundo, atmosferas que unem tudo que somos num caldeirão de sentidos.
Projeto realizado com recurso da Lei Federal 14.017/2020 (Lei Aldir Blanc / MG) – Edital 14 – Termo de Compromisso SECULT/LAB-FCS nº. 23294612/2020