Sentei. Entre meu corpo e o infinito haviam arrecifes, algumas lagoas e uma tira bem fininha de mar suave. Sobre minhas pernas a areia fininha. Em minha direção uma brisa que balançava atabalhoadamente meus cabelos. Respirei, fechei os olhos. Era como se eu pudesse ser a paisagem. E fiquei alguns minutos ali, desfrutando de tudo aquilo que me distanciava de mim mesma e me aproximava daquele desbunde de mar e pedras e areias e cores e formas e texturas. Só queria ser como a paisagem. Tudo aquilo que calmamente era por ser imenso, que me impressionava por ser dimensão, que me conquistava por ser possível. Ser eu uma paisagem.
Your email address will not be published. Required fields are marked *
0 Comments